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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Me sentindo em Woodstock



Psicodália - um lugar entre o passado e o futuro 




Pela segunda vez vou a um dos festivais mais bacanas do mundo, o Psicodália. Essa declaração foi feita por uma pessoa que não foi em todos os festivais do mundo e nem foi em tantos festivais assim na vida, mas é que é sério, o Psicodália é demais!
Segundo o site Hypeness ele é um dos 10 festivais que você não deveria perder em 2016, como podemos ver aqui

Definir essa experiência é mais complexo do que se possa imaginar. Pois se for descrever cada coisa isolada não dá pra ter uma idéia real. Acho que o que faz a mágica do Psicodália acontecer é o conjunto de fatores que o tornam o que de fato ele é. E talvez somente vivendo você possa ter a real noção, mas mesmo assim vou tentar explicar melhor, para isso resolvi, assim como Jack (o estripador), ir por partes.

O que o Psicodália fez por mim e pode fazer por você: 

Faz você sentir que viajou no tempo:

Logo na chegada você já se dá conta que o lugar é muito retrô. As construções rústicas em madeira, o estilo da galera que lembra muito os anos 60 e 70 e a onda hippie (pessoal da organização e participantes), não só pela maneira de se vestirem, mas também na maneira de agir, com um bom dia sempre à mão, sempre dispostos a ajudar, sempre sorrindo, sempre gentis, coisas que infelizmente não se vê mais muito hoje no dia-a-dia. 

Te faz descobrir bandas novas:(Sejam elas dos anos 70 ou de 2000  e se encantar com elas: 

Como, por exemplo, a Terreno Baldio e a Terra Celta fizeram esse ano comigo. 



Faz tu sentir uma liberdade incrível: 


Ali a gente se sente em casa, tu podes correr, cantar, dançar, colorir, conversar com todo mundo, se vestir como  e se quiser, almoçar às 17h, dormir no chão no meio das pessoas ouvindo música, tomar banho de rio, de cachoeira, de chapéu ou discutir Carlos Gardel. A regra é:  não há regras. Faça o que tu queres, pois é tudo da lei.  

Te dá a chance de  pensar muito na vida e filosofar sobre muitos assuntos:

Como estamos lá sem televisão, celular ou computador e embora houvesse mais de 100 atrações, entre shows, oficinas, cinema, teatro e recreação infantil, ainda sobrava um  tempinho pra jogar conversa fora, comentar sobre as bandas, música em geral,  condições climáticas e, principalmente, analisar os porquês da vida. Dias fora da rotina e afastados da "civilização" podem te dar várias idéias legais.    

Te faz fazer novas e cultivar antigas amizades: 


Comigo, por exemplo, aconteceu de conhecer amigos muito especiais das bandas Gepetos Almas Brazucas e Diletantes no ano passado. E os reencontrei esse ano e ainda tive o prazer de assistir os Gepetos se apresentando no palco sol, aliás, show incrível.  Assim como conheci novas pessoas esse ano, como o pessoal da Oficina de fotografia itinerante da Kombina com foto e espero reencontrá-las outras vezes. Ah e mais um pequeno detalhe, conheci também meu namorado lá no ano passado e esse ano fomos juntos. Então, o Psicodália também arranja namorado pra você! (risos). 

Te ajuda a aprender sobre e  cuidar do meio ambiente: 


Além das oficinas disponíveis como: viva a alimentação consciente, compostagem e vermicompostagem, você separa o lixo, você usa chuveiros de uso consciente e sanitários ecológicos.   

Enche sua alma de paz e amor: 

Com música, amigos, cerveja boa (esse ano havia alguns tipos de cerveja artesanal), ar puro e belezas naturais.

Te faz exercitar o corpo e alma: 


Com as oficinas de Yoga esse ano e Thai chi chuan no ano passado. 

Te faz exercitar o desapego: 


Convenhamos que somente em largar o conforto das nossas  cheirosas camas e lares (nossa bolha) e viver 5 dias em barracas, já é um grande passo. E depois você começa a desapegar de outras coisas como internet, celular, televisão, banho quente e passa a apreciar coisas mais simples como caminhadas, conversas sobre a vida e o mundo e o simples cantar (é cantar que se diz?) dos grilos.  


Te coloca em contato com a natureza: 


O que, no meu caso, foi um baita desafio, sou meio medrosa nesse sentido, não sei nem dizer porquê, talvez pela minha criação que, embora não tenha sido em um  apartamento, foi em uma casa em uma cidade pequena, mas não foi tão envolvida com a natureza. Tenho medo de muitos animais, tipo ser atacada por um passarinho (pasmem hahah), de me perder no mato, de cair numa pedra e quebrar o cabeça. Sempre fui muito mais urbana. Ah e também sou alérgica a picadas de mosquito e ao mesmo tempo tenho um imã pra eles, já que está geralmente todo mundo de boa e eles vem todos pro meu lado (ficar do meu lado é um ótimo repelente para mosquitos). Talvez tenha a  ver com ansiedade também. Coisa que também é exercitada consequentemente lá.   

Te faz perder a noção do tempo e não se preocupar com ele: 


Com tantas coisas boas pra se fazer, pensar, ouvir e olhar, o relógio foi artigo raramente visto por lá.
E mesmo que esse ano houvesse tomadas para que pudéssemos carregar os telefones, não era comum vê-los, o pessoal realmente conversou ao vivo e os olhares na sua maioria não estavam voltados pra sua telinha e sim para os palcos. O meu ficou de lado por praticamente todo o tempo, salvo para fazer alguns vídeos (ninguém é de ferro).  

Renova sua esperança no ser humano e te faz acreditar em um futuro melhor:  

Esse papo parece clichê, mas pra mim foi real, finalmente depois de 6 dias e um banho de música boa,  gentilezas, paz e harmonia, a gente sai renovado e de alma lavada. Acreditando que o mundo ainda tem jeito e que as pessoas podem ser melhores. Pois se pode existir um lugar que traz tanta energia boa, que é tão acolhedor, especial e mágico, nós podemos  e devemos também fazer do nosso dia-a-dia um eterno Psicodália, afinal ele é feito por, para e com  pessoas. 


Seguem fotos da edição 2016:


Oficina de fotografia Com o Felipe da Kombina com foto

interior da Kombi

Oficina gotas

Oficina Didgeridoo



Chuveiros Ecológicos



Alice: - Quanto tempo dura o eterno?    Coelho - As vezes apenas um segundo!










Oficina Yoga










Gepetos almas Brazucas em ação






Cinema

Show da diva Elza Soares - A mulher do fim do mundo

Micha da Gepetos Almas Brazucas


Abaixo a passagem de som de uma das principais bandas da edição 2016: Steppenwolf: 


Algumas fotos da edição 2015:




Oficina Tai Chi Chuan







S2 



Homem banda


8 comentários:

  1. Belo texto Roberta. Colocou água em minha boca. Um dia irei a esse belo festival.

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    1. Olá Luigi! Muito Obrigada! Tens que ir, não vai se arrepender, é realmente maravilhoso!

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  2. Isso mesmo! Tb foi minha segunda vez e assino embaixo essas tuas palavras!!!!

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    1. Valeu Erik! Rumo ao terceiro então ano que vem! Abraço

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  3. Isso mesmo! Tb foi minha segunda vez e assino embaixo essas tuas palavras!!!!

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  4. Perfeito...eu tento e não consigo colocar assim em palavras...é tudo maravilhoso!
    p.s: na foto oficina de mandalas...é na verdade oficina de gotas ;)

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    1. Oi Priscila! Obrigada! Vou corrigir lá no post! Valeu mesmo!!! =)

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    2. Oi Priscila! Obrigada! Vou corrigir lá no post! Valeu mesmo!!! =)

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